quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Festa da Vinha e do Vinho em Borba



Vai também decorrer em Novembro, de 8 a 16, em Borba, a Festa da Vinha e do Vinho, onde poderão ser degustadas mais de 100 marcas de vinhos do Alentejo e descoberta a riqueza gastronómica da região.
O evento contará ainda com exposições de artesanato, espectáculos e provas de vinhos conduzidas por enólogos e produtores de vinhos alentejanos.

Horário normal de funcionamento:
Fim-de-semana: 10h - 24h
2.ª a 6.ª feira: 12h - 24h

Encontro com o Vinho e Sabores 2008



Vai decorrer nos próximos dias 31 de Outubro a 3 de Novembro a edição 2008 do Encontro com o Vinho e do Encontro com os Sabores, no Pavilhão do Rio do Centro de Congressos de Lisboa.
Organizado pela Revista de Vinhos e realizado desde 2000, o ECV/ECS é o maior evento dirigido aos consumidores na área de vinhos e gastronomia com 230 stands que representam mais de 350 expositores de todo o país e estrangeiro.
Reúne os melhores produtores de vinhos nacionais e alguns de produtos gourmet, que expõem e oferecem para degustação aos visitantes.
Nesta feira, os consumidores contactam directamente com os produtores, fazem perguntas, trocam opiniões, degustam os produtos, etc. Os produtores têm também uma rara oportunidade de contactar directamente os seus consumidores, perceber a sua reacção aos novos lançamentos e ensaiar novas possibilidades.
O evento conta ainda com uma loja onde os visitantes podem comprar os produtos expostos para degustação, tem uma média de 10.000 visitantes, entre consumidores de primeira linha, retalhistas da especialidade e restaurantes.

Paralelamente irá também decorrer o Gosto de Lisboa, um evento gastronómico que celebra os melhores restaurantes de Lisboa como um valor de referência na oferta turística e cultural da cidade.
Durante um fim-de-semana, 8 restaurantes sedeados em Lisboa, representativos, pelos tipos de cozinha que apresentam, do melhor que se faz em Portugal, vão apresentar aos visitantes propostas gastronómicas para degustação que são ao mesmo tempo uma mostra do seu virtuosismo e um convite para uma visita futura mais demorada. Em doses individuais, os restaurantes presentes vão apresentar criações próprias (mínimo de 3 por restaurante, por dia) a preços de venda ao público entre €5 e €15.
Com uma esplanada com duas centenas de lugares sentados, o espaço oferece todo o conforto ao visitante para uma apreciação descansada das criações dos chefes. Empresas de vinhos, cervejas e de outras bebidas, completam a oferta para um acompanhamento perfeito desta experiência gastronómica.

Estes eventos são organizados pela Revista de Vinhos e pela Media Capital Edições e têm como patrocinador principal o Millennium BCP.
Entrada grátis para portadores de cartões de crédito Millennium BCP + 1 acompanhante.
Desconto de 50% para leitores da Revista de vinhos, mediante apresentação de cupão de desconto (encartado na Revista de Vinhos de Outubro) na bilheteira do evento.
Entrada 10€ - Bilhetes à venda em www.plateia.pt. Fnac, Worten e www.ticketline.sapo.pt

Mais informações pelos telefones 214369454/470 email: dbandeira@mce.iol.pt


Restaurantes convidados

• A Confraria / York House - cozinha portuguesa contemporânea
• El Corte Inglés - cozinha portuguesa contemporânea
• Eleven - cozinha moderna de autor
• Espaço Lisboa – cozinha tradicional portuguesa
• Gemelli - cozinha italiana moderna
• Na Ordem com Luís Suspiro - cozinha de autor
• Terreiro do Paço - cozinha de autor
• Virgula - cozinha de autor

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Três Bagos Sauvignon Blanc 2007


Vinho Regional Duriense
Lavradores de Feitoria (Vila Real)
8,99€ Jumbo
17,5/20

O Douro é uma das regiões nacionais que se tem mostrado mais avessa à entrada de castas estrangeiras na sua produção.
Fiel às castas autóctones, na sua maioria com amplas provas dadas na produção centenária do vinho do Porto, é rara a exploração duriense que arrisca introduzir um Cabernet Sauvignon ou um Syrah nos seus lotes, quanto mais produzir um vinho extreme que não seja um Tinta Roriz, Tinta Barroca ou Touriga Nacional.
A excepção são os brancos. Menos cotados do que os seus irmãos tintos, os brancos do Douro roçam a mera curiosidade, produzida em pequenas quantidades, quase para consumo local. Mesmo o Porto branco tem uma presença muito discreta quando comparado com os aristocráticos tintos, únicos com direito a edições Vintage ou LBV.
Assim não admira que quando esta jovem empresa, formada por um conjunto de lavradores durienses, proprietários de algumas das melhores quintas e terroirs da região, se lembrou de produzir um Sauvignon Blanc, ainda por cima nas históricas vinhas da Casa de Mateus, em Vila Real, a ideia tenha soado excêntrica aos ouvidos de muitos. Escassos anos volvidos, sempre com resultados animadores, surgiu esta colheita de 2007, a confirmar plenamente a justeza da proposta. Num ano perfeito, com maturações lentas e uniformes, surgiu o melhor Sauvignon Blanc dos Lavradores de Feitoria e um dos melhores (senão mesmo o melhor) Sauvignon Blanc nacional.
Com fermentação em inox e apenas 20% do lote estagiado em barricas novas de carvalho francês, durante apenas 3 meses, resultou um vinho elegante e atractivo, fresco e citrino, conjugando brilhantemente a complexidade da casta com a frescura e mineralidade do solo e clima durienses.
De cor citrina e bom brilho, mostra-se mediano como convém na concentração e viscosidade.
O nariz exibe boas notas frutadas, com frutos tropicais (papaia, abacaxi) e alguma fruta cozida. Secundariamente o vinho respira frescura. Ananás, tangerina, leve mineral num conjunto esplêndido e muito conseguido. Bom bouquet frutado.
Na boca é um vinho redondo e de corpo médio a elevado. Elegante e de acidez contida, sem contudo comprometer a frescura, é um branco cheio de classe e de fruta, com as notas tropicais e citrinas a dominarem.
Finaliza longo e característico da casta, elegante e pleno de fruta.
Um grande sauvignon blanc do Douro!

Grand’Arte Touriga Nacional Rosé 2007


Estremadura DOC
DFJ Vinhos (Alenquer)
5,95€ Revista de Vinhos
15/20

Para José Neiva Correia, o principal accionista, gestor e enólogo da DFJ Vinhos, o objectivo primordial da empresa é “transformar a riqueza e a variedade das castas portuguesas em vinhos da mais alta qualidade e levá-los ao alcance da maioria dos consumidores”.
Fundada em 1998 e localizada no coração do Ribatejo, na Quinta da Fonte Bela, esta empresa produz em quase todas as regiões de Portugal e exporta cerca de 90% da sua vasta produção de cerca de 8 milhões de litros por ano.
Este Grand’Arte Touriga Nacional Rosé é produzido na região de Alenquer, na Estremadura, na Quinta do Porto Franco.
Longe do perfil doce e gasoso que marcou durante muito tempo os rosés nacionais, este touriga mostra-se mais sério, mais concentrado e seguramente mais evoluído.
Com um aspecto irrepreensível, denota bom brilho, concentração e viscosidade médias. O nariz exibe boas notas frutadas e florais, elegante e refrescante.
Na boca é um vinho liso e de acidez média, com boa fruta e muita frescura. Mais seco do que doce, impõe-se com elegância, recorrendo para isso às boas notas florais que a nobreza da casta lhe permite.
Final correcto, elegante e de média duração. Um bom exemplo de que a qualidade também pode ser apanágio de um rosé, o qual se vê assim destinado a voos gastronómicos bem mais variados e sedutores.

Castas d’Ervideira Trincadeira 2004


Vinho Regional Alentejano
Ribeira da Ervideira (Évora)
8,59€ Supercor
15,5/20

Este vinho alentejano, elaborado sob a responsabilidade enológica de Paulo Laureano, provém das herdades do Monte da Ribeira e da Herdadinha, pertencentes à família Leal da Costa, descendente do Conde de Ervideira que aqui produziu vinho desde 1880. Com 160ha de vinhedos divididos pela Vidigueira (110ha) e por Reguengos (50ha), plantados entre 1986 e 2002, a Ribeira da Ervideira produz em 1998 o seu primeiro vinho próprio após um longo interregno, que durava desde 1950. Em 2002 nasce a adega da Ervideira, na Herdadinha no concelho de Évora. Das cerca de 800 mil garrafas produzidas actualmente, 40% destina-se ao mercado externo que é constituído por países como o Brasil, Canadá, Estados Unidos e México; Alemanha, Bélgica, Eslovénia, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça; Cabo Verde, Angola e Moçambique; e ainda Macau/China.
As castas tintas representam ¾ da produção, sendo a Trincadeira e o Aragonez as predominantes (50%), seguidas de Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Caiada, Syrah, e Castelão. Nos encepamentos de brancos destacam-se as castas nobres tipicamente regionais como Antão Vaz, Roupeiro, Arinto e Perrum.
Este monovarietal de Trincadeira foi fermentado em inox e estagiou entre 6 e 8 meses em barricas novas de carvalho francês e americano. Foram produzidas apenas 6.600 garrafas.
De bela cor rubi com muito brilho, mostra-se bem com concentração e viscosidade médias. O aroma é sedutor e complexo com notas fumadas e de madeira exótica, fruta vermelha macerada e leve campestre, com breves notas de terra molhada. Após agitar surgem metais amarelos e leves notas herbáceas com o álcool a sentir-se ligeiramente. O nariz termina com um agradável bouquet frutado. Na boca mostra acidez média, tal como a adstringência que está presente sem nunca incomodar. Há um ligeiríssimo amargor que tende a desaparecer com a oxigenação. A fruta é roxa mas sobretudo vermelha e madura, com um agradável lado vegetal a contrabalançar e a impedir o vinho de assumir um carácter excessivamente telúrico como é característico da região. Não tem uma elegância aristocrática mas é um vinho alegre e sedutor, aberto com tudo no sítio e pronto a beber.
Finaliza muito correcto, sem defeitos e de média duração.