sábado, 20 de setembro de 2008

Quinta do Crasto Tinto 2004


Douro DOC
Quinta do Crasto (Gouvinhas – Sabrosa)
8,00€ Hipermercado
16/20

A Quinta do Crasto é uma propriedade centenária, fundada em 1615, situada na margem direita do rio Douro, entre a Régua e o Pinhão. Há mais de cem anos nas mãos da família Almeida conta com 130 hectares de terra, dos quais cerca de 70 estão ocupados com vinha. Objecto de importantes investimentos nos últimos anos, possui hoje modernos equipamentos de vinificação que garantem a produção de vinhos de elevada qualidade desde o Crasto, que garante a entrada na gama de vinhos da Quinta até aos exclusivos Vinha da Ponte e Vinha Maria Teresa, passando pelo Reserva Vinhas Velhas, pelos Monovarietais (Tinta Roriz e Touriga Nacional) e sem esquecer as categorias especiais de Vinho do Porto (LBV e Vintage).
Apesar da modernização operada nas vinhas e adega, a Quinta do Crasto continua a utilizar o tradicional método de pisa da uva em lagares, garantindo assim que os seus vinhos mantenham um carácter autêntico e característico da histórica região vinícola em que se insere.
Os actuais proprietários da Quinta do Crasto, Leonor Roquette (neta de Constantino de Almeida, fundador dos vinhos Constantino que adquiriu a Quinta no início do Séc. XX) e o seu marido Jorge Roquette assumiram a maioria do capital e a gestão da propriedade em 1981, e com a ajuda dos seus filhos Miguel e Tomás Roquette deram início ao processo de remodelação e ampliação das vinhas bem como ao projecto de produção de vinhos de mesa pelos quais a Quinta do Crasto é hoje amplamente conhecida. A responsabilidade enológica pertence a Dominic Morris e Manuel Lobo.
A Quinta do Crasto faz parte da mediática associação dos Douro Boys (juntamente com a Quinta do Vallado, as Quintas de Nápoles e do Carril da Niepoort, a Quinta do Vale Dona Maria e a Quinta do Vale Meão) a qual impulsionada pela esposa de Dirk Niepoort, a austríaca Dorli Muhr, relações públicas do grupo, muito tem feito pela divulgação do vinho do Douro internacionalmente, particularmente do produzido por estas quintas históricas.
Mais recentemente a família Roquette envolveu-se ainda no projecto Xisto, juntamente com a família Cazés, winemakers do Château Lynch-Bages da região francesa de Bordéus. O objectivo declarado é o de produzir um vinho Premium maioritariamente destinado à exportação.
Este Quinta do Crasto 2004 é um dos vinhos de entrada na gama da Quinta (abaixo dele apenas figura o Flor do Crasto). Produzido a partir das castas Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional, fermentadas em inox e sem estágio em madeira, procurando-se um vinho fresco, frutado e “fácil” de beber.
De cor rubi escuro, com boa concentração, mostra ainda bom brilho e viscosidade média. O nariz é bastante aromático, com boa fruta silvestre, balsâmico mas muito fresco com notas de campo, terra molhada e menta. Após agitar surgem agradáveis notas metálicas e especiadas..
Na boca revela um corpo médio e acidez acima da média, com os taninos também a sentirem-se se bem que sem exageros. Boas notas de fruta que se mantém fresca, roxa e silvestre. Um vinho simples mas elegante.
Finaliza com boa persistência, fresco e especiado.
Um vinho moderno, fresco, elegante e apelativo a um preço contido.

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